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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Talvez não dê Brasil


O carioca André Rocha começou como comentarista de futebol em meados 2007. Já colaborou com o site português Jogo de Área e com os jornalistas Mauro Beting e Lédio Carmona em seus blogs. Além disso, já passou pelo o site Olheiros, além de participar do programa Beting & Beting do canal Bandsports.

Na TV Esporte Interativo, onde tudo começou, ficou dois meses. Mas, na época, ainda não era um profissional formado. Foi, então, pra faculdade, graduou-se em Comunicação Social e, a partir daí, sua carreira só cresceu.

Já entrevistou ícones do jornalismo como Paulo Vinícius Coelho (PVC), Mauro Beting, Mauro Cezar Pereira, Joelmir Beting, Milton Neves e Washington Rodrigues.

Dos campos e quadras, já conversou com os ilustres Zico, Júnior, Falcão, Careca, Alemão e Luiz Mendes.

Atualmente, as opiniões sobre futebol de André Rocha podem ser encontradas em sua coluna Olho Tático, no portal Globoesporte.com.




HS. A já tão comum pergunta sobre a Copa: Você gostou da convocação do Dunga? O que podia ser diferente?


AR:Eu deixaria Kléberson de fora e levaria Ronaldinho Gaúcho. Os dois têm experiência de 2002 e o craque do Milan seria uma alternativa para mudar o rumo de uma partida complicada com sua capacidade de improviso. Na lateral-esquerda, levaria Marcelo ao invés do Gilberto. O lateral-esquerdo do Real Madrid também sabe jogar na meia, é mais jovem e vive melhor fase. No gol, trocaria Doni por Victor. No mais, acho que a convocação foi de razoável a boa para o momento atual do futebol brasileiro. Mas, é dever reconhecer que este é o grupo menos talentoso que vai a uma Copa do Mundo dos últimos trinta anos, pelo menos.



HS. E o Pato e o Ganso, achou justa a não convocação? Você concorda com alguns palpiteiros que dizem que quem queria, mesmo, que os dois fossem convocados era a mídia?
AR:O Pato nunca correspondeu plenamente na seleção principal e decepcionou o Dunga nas Olimpíadas. Não vive um momento tão excepcional para merecer ser chamado.
Já o Ganso é um caso complicado. Até o último amistoso do Brasil em março, contra a Irlanda, ele não vinha tão bem. Mas agora vive um momento esplendoroso e atua na mesma posição de Kaká, que convive com problemas físicos e não tem em Júlio Baptista um reserva à altura. Seria uma aposta do Dunga, já que ele nunca foi convocado e sua passagem mais recente pela seleção, no Sub-20, não foi tão brilhante assim. E não dá para cobrar isso do Dunga, que preza (até demais) pela coerência. Quanto à pressão da mídia, é natural. Ela vive de notícias e visibilidade. E essas especulações chamam a atenção.




HS. Na sua opinião, quais as diferenças entre a seleção do Felipão e a atual seleção, a do Dunga?
AR:A primeira é tática. Scolari jogava com três zagueiros, Dunga arma a seleção com quatro. A outra tem mais a ver com a preparação. Felipão assumiu um ano antes do Mundial, perdeu a Copa América de forma vexatória para Honduras e sofreu para classificar o Brasil. Já o Dunga teve praticamente quatro anos para trabalhar, sofreu no início, quase caiu, mas se consolidou e no ano passado teve um desempenho excepcional, com primeiro lugar nas Eliminatórias, título da Copa das Confederações e grandes vitórias, como as duas sobre a atual campeã mundial Itália, em cima da Argentina em Rosário e a goleada sobre o Uruguai em Montevidéu.



HS. Você percebe que a África do Sul está preparada (infra-estrutura e pessoal) para receber os jogos, seleções e turistas?
AR:Pelo que leio eles terão bastante dificuldades. Existe até risco de apagões por lá. Mas para responder com propriedade só estando lá.



HS. E, como não pode faltar, nos conte seu palpite: vai dar Brasil dessa vez?
AR:Vou torcer como brasileiro. Mas acho que o título fica entre Espanha, Argentina e Inglaterra.